Ação para meninas e mulheres na Ilha do Marajó chega à quinta etapa
Visita de ação coordenada pela conselheira do CNJ Renata Gil contou com presença de presidente do STF
25 de agosto de 2025

25 de agosto de 2025
A ação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dedicada às meninas e mulheres na Ilha de Marajó, no Pará, chegou à sua quinta incursão. A visita à cidade de Salvaterra, na porção norte do arquipélago, contou com a presença da coordenadora do projeto, a conselheira Renata Gil, além do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso.
A iniciativa Ação para Meninas e Mulheres do Marajó conta com apoio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), do Governo do Pará e do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) e tem o objetivo de conscientizar a população local sobre a violência e suas consequências. Além disso, visa ampliar o acesso à Justiça na região e de dar suporte às unidades judiciárias para agilizar julgamentos sobre violência doméstica e familiar.
A conselheira Renata Gil destacou que as ações no Marajó são feitas com interlocução entre Judiciário, Executivo e Legislativo, mas que ainda é necessário ampliar a presença do Estado na região. “A situação não está toda desvelada, é preciso incentivar a vítima a denunciar e punir corretamente os agressores”, disse.
Já o presidente do STF afirmou que há um machismo estrutural na cultura brasileira e que a violência sexual contra crianças pode transformá-las em adultos que não colaborem com a sociedade.
“Não há violência maior do que a sexual. Crianças são feitas para brincar, aprender, observando a vida como deve ser. O abuso sexual contra crianças mais do que covardia é uma traição à condição humana. […] Precisamos enfrentar a violência sexual contra meninas; isso é absurdo, inaceitável. […] Homem que bate em mulher é covarde e homem que bate em criança quase deixa de ser humano para ser monstruoso”, afirmou Barroso.
A atriz Luiza Brunet, ativista do combate à violência sexual contra mulheres e crianças, também participou da ação em Salvaterra.
Barroso e a comitiva conversaram com mulheres vítimas da violência e com integrantes do sistema de justiça para compreender a realidade da região.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou o programa “Ação para Meninas e Mulheres do Marajó” com o intuito de combater a violência contra mulheres e a exploração sexual infantil na Ilha do Marajó, no Pará.
O programa foi instituído por meio de um Acordo de Cooperação Técnica entre o CNJ, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Governo do Pará e o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), visando fortalecer o acesso à Justiça e conscientizar a população marajoara sobre as diferentes formas de violência e suas consequências.
*Com informações da Agência CNJ