O Brasil recebe nesta quarta-feira, 20, um grupo de sete juízas afegãs e seus respectivos familiares, entre os quais um juiz da Suprema Corte. Os esforços foram liderados pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em parceria com a Associação Internacional de Mulheres Juízas (IAWJ).

Com passagens providenciadas pela AMB, os voos que os trouxeram ao Brasil vieram da Macedônia do Norte, Turquia e Grécia. No caso das juízas, o perigo no Afeganistão era duplo, uma vez que a facção persegue mulheres que trabalham ou estudam e muitas delas condenaram membros do Talibã por diversos crimes.

Para a formalização do asilo, Renata Gil procurou o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, manteve conversas com os ministros das Relações Exteriores e da Justiça, e, em poucos dias, o governo federal publicou uma portaria internacional que autorizou o ingresso das magistradas e de seus familiares.

A AMB providenciou as passagens aéreas e, para garantia da segurança das magistradas, a recepção será feita no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O grupo irá residir em Brasília, onde terá acesso à documentação regularizada e a emprego. Os filhos das magistradas irão frequentar uma escola bilíngue na capital federal.